26 de out. de 2021

Sobre se perder para se encontrar

 

 Vez por outra eu tenho crises de identidade e não sei exatamente quem eu sou e o que eu gosto. Agora com 20 anos isso ficou um pouco mais evidente, já que recentemente terminei um curso técnico junto com o ensino médio. Por enquanto não decidi qual faculdade fazer e essa tem sido a pergunta chave dos meus dias. Afinal, a coisa mais valorizada hoje em dia é o nosso emprego, ele mostra quem somos, o quanto valemos (ou custamos).  

 Eu pensei que quando eu crescesse teria uma ideia mais clara da profissão que iria seguir, achei que eu abandonaria esses meus sonhos estranhos de ser atriz ou escritora. Bom, admito que agora tenho mais medo de ser atriz, são tantos casos desastrosos em relação a isso. Mas creio que seria um ótimo hobbie. Já escrever tem me atraído bastante, mas não sei se escrevo bem o suficiente para viver disso. Me digam vocês.  

No mais, eu não sei bem se só a minha profissão seria o suficiente pra falar sobre mim em um todo. Quer dizer, eu sou uma ótima irmã, uma amiga interessante, uma cozinheira em ascensão e diversas outras coisas. Fora o tempo que estou trabalhando eu ainda sou alguém. Por que minha profissão deveria me marcar? Tipo quando alguém pergunta o que você faz da vida. Eu fico tão confusa, bom eu faço estágio, e eu cuido de casa, e eu desenho, e eu escuto música, e eu cozinho, e eu converso, e eu escrevo... Cabe essa resposta? Creio que não.  

 Em qual momento isso passa? Aos 60 já posso voltar a ser eu mesma? Ou vamos esperar minha morte para no funeral as pessoas lembrarem todas as pequenas grandes coisas nas quais eu era ótima?  


Ruana.

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